quarta-feira, 21 de outubro de 2015
" O MISTÉRIO DA DOR"
Obs: Imagem extraída do site: www.blogviverfeliz.com.br
" O MISTÉRIO DA DOR"
Aqueles que viveram dores intensas e souberam usar a sabedoria para transformar a dor em amor compreenderam o mistério da dor ... transformaram suas dores em pérolas raras ... experimentaram em suas vidas a profunda frase de Jesus: "NA VERDADE, NA VERDADE VOS DIGO SE O GRÃO DE TRIGO CAÍDO NA TERRA NÃO MORRE PERMANECE SÓ, MAS SE MORRER PRODUZIRÁ MUITO FRUTO" (JOÃO 12,24).
Jesus é o grão de trigo, Ele é um especialista neste assunto e nos revela este segredo ... no universo divino a dor é tão preciosa como uma pérola .... esta dor nos identifica com Jesus no alto da cruz vivendo o seu momento de abandono total ... mas o seu sacrifício aos olhos de Deus era AMOR POR CADA UM DE NÓS...
Para ilustrar esta reflexão sobre o mistério da dor quero compartilhar com vocês um belo conto que me fez chorar e entender o quanto a dor é uma pérola preciosa que deve ser oferecida a Deus. Eis o conto que tem título: "A OSTRA PEROLÍFERA", do autor Antonio Pérez Esclarín, extraída do livro: "Educar Valores e o Valor de Educar - Parábolas", Editora: Paulus, São Paulo, SP, 2002, páginas 47 e 48.
"A OSTRA PEROLÍFERA"
Marina era uma autêntica ostra. Não um caracol rasteiro, mas um ser criado para viver nas profundezas. Como todas as de sua raça, ela procurava uma rocha no fundo do para agarra-se firmemente a ela. Quando a conseguiu, julgou ter encontrado seu destino claro que lhe permitiria viver sem problemas sua existência de ostra. Viveria a vida tranquila, feliz, sem grandes contratempos.
Mas Deus pusera seu olhar em Marina e a escolhera para que fosse especialmente valiosa. Um dia, Deus colocou em Marina seu grãozinho de areia. Literalmente: um grãozinho de areia. Foi durante uma tormenta das profundezas. Dessas que quase não provocam ondas na superfície, mas removem o fundo dos oceanos.
Quando o grãozinho de areia caiu na ostra, Marina fechou-se violentamente como o fazia sempre que algo estranho a invadia. Este é o modo que as ostras usam para alimentar-se: tudo o que entra em sua vida é apanhado, desintegrado e assimilado. Se o objeto estranho não é digerível, as ostras o expulsam.
Porém, Marina, por mais que se esforçasse, não conseguia nem digerir nem expulsar aquele grãozinho de areia que ia se fundindo cada vez mais profundamente em sua carne. A dor que sentia era insuportável. Procurava pensar em outras coisas, esquecer a dor, mas também não o conseguia. Estava sempre ali, ocupando o lugar de sua existência, como se toda a sua vida se tivesse transformado em dor.
Qualquer um pensaria que o único caminho que restava a Marina era lutar desesperadamente contra a dor, rodeá-la com o pus da amargura, viver desgostosa, queixando-se sempre, tornando um inferno sua própria vida e a vida dos que estavam junto a ela.
Mas as ostras têm a extraordinária qualidade de produzir substâncias sólidas. Elas costumam dedicar essa qualidade a fabricar para si uma carapaça defensiva, enrugada por fora e lisa por dentro. Marina, porém, a dedicou à fabricação de uma Pérola. Pouco a pouco, e com o melhor de si mesma, foi cercando o grãozinho de areia de sua dor e, ao seu redor, começou a nuclear uma belíssima pérola. Transformou essa tarefa em alegria, em missão. Já não lhe importava a dor porque era a fonte de sua esperança e de seu sonho.
Muitos anos depois da morte de Marina, alguns mergulhadores desceram ao fundo do mar. Quando a trouxeram à superfície, encontraram nela a mais bela pérola que já tinham visto. Ao vê-la brilhar com todas as cores do céu e do mar, ninguém duvidou do quão valiosa fora a sofrida vida de Marina.
(Versão livre de um texto de Mamento Menapace)
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