Obs: Imagem extraída do site:
heloizaduartedossantos.blogspot.com.br
"SER TESTEMUNHO DE JESUS VERDADE"
Dois irmãos, viviam juntos, separaram-se certo dia para seguir seus caminhos. Um tornou-se padre, o outro, ator de teatro. Encontraram-se 20 anos depois. O ator tornara-se conhecido, o padre tinha uma paróquia sob sua responsabilidade. Disseram, então, um ao autro: "Sexta-feira, farei uma apresentação da peça teatral em que estou atuando. Você está convidado !" O Padre disse: "Tudo bem! E , no sábado, gostaria que você fosse na principal missa da minha comunidade às sete horas".
Na sexta-feira, conforme combinado, o padre foi ver o irmão no teatro. Um paroquiano precisou pagar o ingresso caro para ele, pois não tinha dinheiro. Quando entrou, havia umas moças na recepção. O teatro era muito bonito, tinha ar condicionado, cadeiras de veludo azul, tapete vermelho... E a moça perguntou qual o número da cadeira que o padre havia comprado. Ele nem sabia que havia assentos numerados. Foi levado até sua cadeira arrumadinha ( diferente de lugares onde é preciso "guardar" o banco do lado para o amigo atrasado se sentar), sentou-se confortavelmente no lugar que era seu. Vieram as moças novamente serviram guaraná, biscoitinhos...
De repente, a cortina foi aberta. O diretor da peça entrou, saudou a platéia e avisou que o espetáculo começaria em quinze minutos. Apresentou os atores, dizendo o nome do irmão do padre, o responsável pelos cenários, pela sonoplastia... O padre recebeu um folheto bonito com a fotografia e a biografia dos atores. Quando deu oito horas em ponto, a peça começou, e o silêncio era absoluto. Ninguém falava, nem cochilava, muito menos andava. Cada cena o povo aplaudia. Ele foi ficando impressionado de ver o irmão que havia sido criado com ele, representando com tanta desenvoltura. Era um ator muito bom. Depois de duas horas de duração, terminada a peça, as pessoas aplaudiram bastante; o irmão dele estava com os outros atores, em pé, lá na frente. O padre, então, foi ao camarim e deu um abraço no irmão-ator que o havia deixado impressionado. Chegou em casa meia-noite.
No dia seguinte, o irmão foi visitá-lo. Era ator, chegava cedo para o teatro, resolveu chegar mais cedo para a missa também. Entrou na igreja e ficou olhando o nome das pessoas escritos nos bancos (porque o povo gosta de escrever os nomes nos bancos da igreja). Achou um jornalzinho, ficou lendo aquilo sem entender nada. Viu que havia outros semelhantes, mas referentes a datas anteriores; ficou esperando. As pessoas começaram a chegar, vieram também os "bons da microfonia", um rapaz testando o microfone..."1,2,3...Jesus! 1,2,3..." Não demororou muito e alguém começou a ler no microfone alguns nomes de defuntos... "Pela alma de fulano, pela alma de ciclano..." O sino bateu, o povo começou a cantar... O ator não entendia nada. Para ajudar, como em todo lugar, havia um rezando fora de hora.
O padre começou a celebrar, fez a homilia, e era criança correndo para lá e para cá. Uma senhora, sentada ao lado dele, abriu um pacote de batatas fritas para o menino dela comer, e uma outra criança chorava, outro, ainda mascava chiclete e grudava-o no banco... Mas ele ficou firme, pois tinha ido ver o irmão. Quando a missa chegou ao fim, o padre disse: "Ide em paz, e que o Senhor vos alcance!" (Porque muitas pessoas já estavam longe). O ator foi, então na sacristia visitar o padre e viu-o com o sacristão contando a coleta: R$16,70 ( seria preciso celebrar mais duas missas para pagar a entrada do teatro). O sacristão foi embora, o padre tirou a batina e os irmãos sentaram-se para bater um papo: "É , irmão, ontem, no teatro, o ingresso custava: R$50,00. Uma vez, na coleta, achamos uma nota de R$50,00, mas era falsa. No teatro, o povo paga caro e fica em silêncio; aqui na igreja, chega-se atrasado, conversa fora de hora... Que inversão de valores! O mundo está perdido!"
O irmão ator respondeu: "Acho que, talvez, o problema não esteja nas pessoas, mas em você e na sua equipe. No teatro, nós temos uma grande equipe que pensa tudo, prepara, monta cenário, arruma o som, divulga, faz a segurança... E nós atores, passamos a noite inteira ensaiando. Vocês aqui, fazem tudo no improviso. Lá no teatro, temos uma MENTIRA, que é o texto, mas procuramos apresentá-la como se fosse uma VERDADE. Você diz que tem a VERDADE, mas apresenta-a como se fosse MENTIRA. Como é que você quer que as pessoas acreditem que Jesus Cristo tem palavras de vida eterna, se você não demonstra que Ele mudou a sua vida?"
REFLEXÃO SOBRE ESTA ESTÓRIA:
Infelizmente, esta reflexão serve para cada um nós que dizemos acreditar em Jesus. Como estamos vivendo as verdades nas quais dizemos acreditar? Trocamos a verdade de Jesus pela mentira do mundo? Damos ouvidos à palavra do mundo, seguimos as últimas notícias, ficamos atentos para saber as novidades do mundo. Vamos deixando a mentira e a fofoca tomarem conta de nossa vida, nos acostumamos com a mentira e ainda queremos adaptar o evangelho ao nosso jeito de viver.
Jesus disse: "Conhecereis a verdade, e a verdade vos tornará livres" (João 8,32).
Nenhum de nós vai conseguir viver verdadeiramente livre se não fizer a experiência pessoal de JESUS CRISTO. Nos versículos seguintes João diz: "Se, pois, o Filho nos libertar, verdadeiramente sereis livres" (João 8,36). É Ele, Jesus que nos liberta na verdade, é Ele Jesus que é a VERDADE, como está escrito em João: "EU SOU A VERDADE" (João 14,6); não uma verdade doce. A Palavra de Jesus não é adocicada, "light", suave. O jugo é suave para quem põe a caminho, mas a Palavra dEle é dura, pois nos convida ao desponjamento.
Obs: Esta reflexão foi extraída do livro: "NA TRILHA DA CURA", autor: Pe. Léo, 14ª Edição, São Paulo: Editora: Canção Nova, ano 2006, páginas: 48, 49, 50, 51, 52 e 53. O site desta Editora é: www.cancaonova.com
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